terça-feira, 15 de abril de 2008

CERVEJA ESPUMANTE (Eisenbahn Lust)

Até hoje - e reitero a expressão de tempo decorrido - até hoje, nós amantes da cerveja sofremos do preconceito de ignorantes quanto à nossa bebida. Na quase totalidade das festas finas que estive, e que ocorrem freqüentemente em qualquer sociedade, já me ofereceram de uísque Dimple a champagne Dom Pérignon, porém, quando pedi uma cerveja me ofereceram uma Brahma Extra! Herança do tempo em que carro bom era Santana ou Monza? Só pode ser. Um bon vivant que se preze, que se diz entendedor das melhores bebidas da Europa, por exemplo, certamente, conheceu cervejas alemãs ou belgas em uma de suas viagens. Então, como explicar a falta de cervejas de qualidade no jet set? Resposta: preconceito. Os brasileiros, de um modo geral, viajam com a bagagem cervejeira que aprenderam no Brasil do século passado, mais precisamente décadas de 70 e 80, onde as grandes cervejarias impuseram um regime ditatorial da pilsen impura ou da malzbier caramelada. Assim, nesse aspecto, soube de vários brasileiros que provaram cervejas trapistas na Europa e reclamaram da temperatura e do sabor. Pelo amor de Gambrinus! Se alguma praga européia resistiu e se instalou no Brasil, foi a cerveja deturpada. Não estou ditando a verdade, apenas incitando um consumo de cerveja mais apurado. Cada um bebe o que quer, mas vamos, ao menos, manter o nível.
Embora prejudicado nas festas em que não posso dar pitaco na copa, onde eu posso, descobri na prática que a cerveja não só tem qualidade similar às bebidas classudas, como superior. Onde eu tenha que brindar com uma espumante bacana, como no réveillon, eu brindo com cerveja. Num primeiro momento, tu deves estar se perguntando, aí sentado em frente à tela: Mas como? Que falta de classe...
.
Ora, querido leitor, eu brindo com “cerveja espumante”! Fora os exemplos europeus, como a belga Deus, aqui no Brasil, já temos a nossa: a Eisenbahn Lust. Primeira cerveja do Brasil concluída com o método de champanoise. A produção da Lust começa na cervejaria e é finalizada, em uns três meses ou menos, numa vinícola, pelo mesmo processo de fabricação de espumantes. Se não me falhe a memória etílica, fazem uma segunda fermentação na garrafa, girando muito lentamente a mesma para aproveitar todo o potencial do específico fermento que, depois, através de congelamento expresso artificial do topo da garrafa – que fica inclinada para baixo - é retirado. Quer mais prestígio do que isso? Então prove a Eisenbahn Lust Prestige (750 ml que maturaram por um ano no processo cuvèe).
Ah! Quando a consorte reclamar aquela champagne, a Lust faz sucesso. Luxúria à parte, os 11,5% álcool/volume faz qualquer casal prometer juras de amor. E, tem mais, a Eisenbahn não esqueceu de fazer aquelas garrafinhas de 375 ml no caso de uma emergência... nem a de 1,5 litro para a comemoração do campeão!

Nenhum comentário:

postagens relacionadas

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...