Dia 23 de Abril, dia de São Jorge (matador de dragão), é “bebemorado” o dia da cerveja na Alemanha, porém por conta da lei de pureza da cerveja ter sido criada, lá, por um alemão. Talvez matador de outros dragões...
Já que o tema é conhecido por muitos, apenas posto aqui, dois texto que elucidam a matéria. Àqueles que não conheciam a lei ou os que já devem ter escutado ou lido em rótulos , agora, entenderão. Prost!
Deutschland magazine www.magazine-deutschland.de
http://www.magazine-deutschland.de/issue/Bier_5-05_POR_P.php
30 SET 2005 - Artikel weiterleiten
“Cerveja Alemã
Água, lúpulo, fermento e malte... e nada mais: os ingredientes da cerveja já foram assentados há quase 500 anos no decreto mais preferido dos alemães. A Lei da Pureza da Cerveja garante a qualidade da cerveja alemã sem uso de aditivos. Além disso, a cerveja contém minerais e vitaminas – e calorias. Todavia, com cerca de 5% de teor alcoólico, ela contém pouco álcool, ou, às vezes também, nenhum álcool. Transbordante é, todavia, a variedade regional do “suco de cevada” que se produz na Alemanha: para os conhecedores de cerveja, a sua cor pode variar de “loira clara” e “cor de âmbar” até “marrom escura”; seu odor, a “flor”, de “buquê de lúpulo” até “malte brando”. Beber cerveja pode se tornar uma ciência – ou um prazer refrescante em uma tarde de verão”
“Não, os alemães não a inventaram. A cerveja já era conhecida pelos habitantes da Mesopotâmia. E às margens do Nilo, os escravos bebiam cerveja enquanto construíam as pirâmides egípcias. Na Grécia, ela era considerada a bebida dos pobres. Entretanto, não há quase nenhum país, onde não seja fabricada. Mas nenhum país tem um “Dia da Cerveja” (como a Alemanha há dez anos), ou melhor, um “Dia da Cerveja Alemã”, o 23 de abril.
Este dia lembra a chamada Lei da Pureza, de 1516, a mais antiga prescrição de qualidade alimentícia do mundo e o orgulho da corporação alemã de cervejarias. Nela está assentado que a cerveja só pode ser feita de água, lúpulo, fermento e malte: “Hopfen und Malz, Gott erhalt’s” (Lúpulo e malte, Deus conserve).
A razão pela qual os alemães são considerados uma nação de notórios bebedores de cerveja, continua sendo um enigma. Pode ser que um dos motivos seja a grande fama da Hofbräuhaus de Munique, com todos os bebedores de cerveja, com suas calças curtas de couro. Além das imitações da Hofbräuhaus, espalhadas pelo mundo todo, desde Bangcoc até Las Vegas. E tão propagada é também a impecável fama da cerveja alemã. Pois, um território com cerca de 1270 cervejarias e mais de 5000 marcas de cerveja já pode ser considerado um recorde mundial. Todavia, o alemão bebedor de cerveja tornou-se muito mais reservado no consumo da bebida nos últimos tempos: na média estatística, o consumo per capita na Alemanha diminuiu de cerca de 133 litros no ano de 1994 a quase 114 litros. Os atuais campeões europeus são os irlandeses, com 125 litros. A desvantagem desta estatística está no fato de que não podemos colocar na competição somente o consumo da Baviera, mas a média total da Alemanha. Segundo a estatística, os alemães são antes uma nação de bebedores de café que, com 156 litros por pessoa, já passaram bem à frente dos bebedores de cerveja.
Contudo, a cerveja alemã possui uma qualidade que nenhuma outra bebida pode reclamar para si: “seu grande valor” é descrito por um “Léxico do Apetite”, de 1892: “A cerveja é, de preferência, uma substância que associa as pessoas. Ela é a verdadeira mãe do aconchego”. Se assim for, talvez sejamos realmente uma nação da cerveja...”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reinheitsgebot
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Reinheitsgebot
Ir para: navegação, pesquisa
A Reinheitsgebot (lei da pureza da cerveja) foi uma lei promulgada pelo Duque Guilherme IV da Baviera, em 23 de Abril de 1516. A Lei da Pureza da Cerveja instituiu que a cerveja deveria ser fabricada apenas com os seguintes ingredientes: água, malte de cevada e lúpulo (a levedura de cerveja não era conhecida à época).
Ele constitui um dos mais antigos decretos alimentares da Europa.
A lei em português:
"Proclamamos com este decreto, por Autoridade de nossa Província, que no Ducado da Baviera, bem como no país, nas cidades e nos mercados, as seguintes regras se aplicam à venda da cerveja:
De Michaelmas a Georgi, o preço para um Litro ou um Copo, não pode exceder o valor de Munique do pfennig.
De Georgi a Michaelmas, o Litro não será vendido por mais de dois pfennig do mesmo valor, e o Copo não mais de três Heller (Heller geralmente é meio pfennig).
Se isto não for cumprido, a punição indicada abaixo será administrada.
Se todo cervejeiro tiver outra cerveja, que não a cerveja do verão, não deve vendê-la por mais de um pfennig por Litro.
Além disso, nós desejamos enfatizar que no futuro em todas as cidades, nos mercados e no país, os únicos ingredientes usados para fabricação da cerveja devem ser cevada, malte e água.
Qualquer um que negligenciar, desrespeitar ou transgredir estas determinações, será punido pelas autoridades da corte que confiscarão tais barris de cerveja, sem falha.
Se, entretanto, um comerciante no país, na cidade ou nos mercados comprar dois ou três barris da cerveja (que contém 60 litros) para revendê-los ao vendedor comum, apenas para este será permitido acrescentar mais um Heller por Copo, do que o mencionado acima. Além disso, deverá acrecentar um imposto e aumentos subseqüentes ao preço da cevada (considerando também que os tempos da colheita diferem, devido à localização das plantações).
NÓS, o Ducado da Baviera, teremos o direito de fazer apreensões para o bem de todos os interessados."
Guilherme IV Duque da Baviera
História
Foi em 1906 que o Reinheitsgebot se estendeu a toda a Alemanha, apesar das críticas da indústria da cerveja.
Após a Segunda Guerra Mundial, o decreto foi modificado e incorporado à regulamentação federal para a taxação da cerveja (Biersteuergesetz).
nas cervejas de baixa fermentação foram autorizados o malte de cevada, o lúpulo e a água.
nas cervejas de fermentação elevada foram autorizados, além disso, os maltes de outros cereais bem como um número limitado de açúcares e corantes.
Por último, maior liberdade foi deixada às cervejas destinadas à exportação.
Hoje
Devido à regulamentação européia, outros ingredientes são autorizados nas cervejas alemãs, mas a maioria dos cervejeiros alemães continuam a seguir as prescrições do Reinheitsgebot, consideradas garantia de qualidade.
Já que o tema é conhecido por muitos, apenas posto aqui, dois texto que elucidam a matéria. Àqueles que não conheciam a lei ou os que já devem ter escutado ou lido em rótulos , agora, entenderão. Prost!
Deutschland magazine www.magazine-deutschland.de
http://www.magazine-deutschland.de/issue/Bier_5-05_POR_P.php
30 SET 2005 - Artikel weiterleiten
“Cerveja Alemã
Água, lúpulo, fermento e malte... e nada mais: os ingredientes da cerveja já foram assentados há quase 500 anos no decreto mais preferido dos alemães. A Lei da Pureza da Cerveja garante a qualidade da cerveja alemã sem uso de aditivos. Além disso, a cerveja contém minerais e vitaminas – e calorias. Todavia, com cerca de 5% de teor alcoólico, ela contém pouco álcool, ou, às vezes também, nenhum álcool. Transbordante é, todavia, a variedade regional do “suco de cevada” que se produz na Alemanha: para os conhecedores de cerveja, a sua cor pode variar de “loira clara” e “cor de âmbar” até “marrom escura”; seu odor, a “flor”, de “buquê de lúpulo” até “malte brando”. Beber cerveja pode se tornar uma ciência – ou um prazer refrescante em uma tarde de verão”
“Não, os alemães não a inventaram. A cerveja já era conhecida pelos habitantes da Mesopotâmia. E às margens do Nilo, os escravos bebiam cerveja enquanto construíam as pirâmides egípcias. Na Grécia, ela era considerada a bebida dos pobres. Entretanto, não há quase nenhum país, onde não seja fabricada. Mas nenhum país tem um “Dia da Cerveja” (como a Alemanha há dez anos), ou melhor, um “Dia da Cerveja Alemã”, o 23 de abril.
Este dia lembra a chamada Lei da Pureza, de 1516, a mais antiga prescrição de qualidade alimentícia do mundo e o orgulho da corporação alemã de cervejarias. Nela está assentado que a cerveja só pode ser feita de água, lúpulo, fermento e malte: “Hopfen und Malz, Gott erhalt’s” (Lúpulo e malte, Deus conserve).
A razão pela qual os alemães são considerados uma nação de notórios bebedores de cerveja, continua sendo um enigma. Pode ser que um dos motivos seja a grande fama da Hofbräuhaus de Munique, com todos os bebedores de cerveja, com suas calças curtas de couro. Além das imitações da Hofbräuhaus, espalhadas pelo mundo todo, desde Bangcoc até Las Vegas. E tão propagada é também a impecável fama da cerveja alemã. Pois, um território com cerca de 1270 cervejarias e mais de 5000 marcas de cerveja já pode ser considerado um recorde mundial. Todavia, o alemão bebedor de cerveja tornou-se muito mais reservado no consumo da bebida nos últimos tempos: na média estatística, o consumo per capita na Alemanha diminuiu de cerca de 133 litros no ano de 1994 a quase 114 litros. Os atuais campeões europeus são os irlandeses, com 125 litros. A desvantagem desta estatística está no fato de que não podemos colocar na competição somente o consumo da Baviera, mas a média total da Alemanha. Segundo a estatística, os alemães são antes uma nação de bebedores de café que, com 156 litros por pessoa, já passaram bem à frente dos bebedores de cerveja.
Contudo, a cerveja alemã possui uma qualidade que nenhuma outra bebida pode reclamar para si: “seu grande valor” é descrito por um “Léxico do Apetite”, de 1892: “A cerveja é, de preferência, uma substância que associa as pessoas. Ela é a verdadeira mãe do aconchego”. Se assim for, talvez sejamos realmente uma nação da cerveja...”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reinheitsgebot
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Reinheitsgebot
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A Reinheitsgebot (lei da pureza da cerveja) foi uma lei promulgada pelo Duque Guilherme IV da Baviera, em 23 de Abril de 1516. A Lei da Pureza da Cerveja instituiu que a cerveja deveria ser fabricada apenas com os seguintes ingredientes: água, malte de cevada e lúpulo (a levedura de cerveja não era conhecida à época).
Ele constitui um dos mais antigos decretos alimentares da Europa.
A lei em português:
"Proclamamos com este decreto, por Autoridade de nossa Província, que no Ducado da Baviera, bem como no país, nas cidades e nos mercados, as seguintes regras se aplicam à venda da cerveja:
De Michaelmas a Georgi, o preço para um Litro ou um Copo, não pode exceder o valor de Munique do pfennig.
De Georgi a Michaelmas, o Litro não será vendido por mais de dois pfennig do mesmo valor, e o Copo não mais de três Heller (Heller geralmente é meio pfennig).
Se isto não for cumprido, a punição indicada abaixo será administrada.
Se todo cervejeiro tiver outra cerveja, que não a cerveja do verão, não deve vendê-la por mais de um pfennig por Litro.
Além disso, nós desejamos enfatizar que no futuro em todas as cidades, nos mercados e no país, os únicos ingredientes usados para fabricação da cerveja devem ser cevada, malte e água.
Qualquer um que negligenciar, desrespeitar ou transgredir estas determinações, será punido pelas autoridades da corte que confiscarão tais barris de cerveja, sem falha.
Se, entretanto, um comerciante no país, na cidade ou nos mercados comprar dois ou três barris da cerveja (que contém 60 litros) para revendê-los ao vendedor comum, apenas para este será permitido acrescentar mais um Heller por Copo, do que o mencionado acima. Além disso, deverá acrecentar um imposto e aumentos subseqüentes ao preço da cevada (considerando também que os tempos da colheita diferem, devido à localização das plantações).
NÓS, o Ducado da Baviera, teremos o direito de fazer apreensões para o bem de todos os interessados."
Guilherme IV Duque da Baviera
História
Foi em 1906 que o Reinheitsgebot se estendeu a toda a Alemanha, apesar das críticas da indústria da cerveja.
Após a Segunda Guerra Mundial, o decreto foi modificado e incorporado à regulamentação federal para a taxação da cerveja (Biersteuergesetz).
nas cervejas de baixa fermentação foram autorizados o malte de cevada, o lúpulo e a água.
nas cervejas de fermentação elevada foram autorizados, além disso, os maltes de outros cereais bem como um número limitado de açúcares e corantes.
Por último, maior liberdade foi deixada às cervejas destinadas à exportação.
Hoje
Devido à regulamentação européia, outros ingredientes são autorizados nas cervejas alemãs, mas a maioria dos cervejeiros alemães continuam a seguir as prescrições do Reinheitsgebot, consideradas garantia de qualidade.
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