No Brasil não há um controle na padronização do conteúdo ou capacidade das embalagens dos produtos. Por exemplo, um rolo de papel higiênico, dupla folha ou não, pode conter 30 ou 40 metros. Desse modo o consumidor deve prestar muita atenção no comparativo da equação preço/quantidade ou custo/benefício. O mesmo ocorre com sabão em pó; chocolate; conservas; congelados; enfim, em uma infinidade de distintos produtos. E, ocorre com a cerveja...
Quando a AmBev lançou a Stella Artois como concorrente da Heineken, na linha das “cervejas de casco verde”, inicialmente, nos espantamos com o módico preço. Todavia, pouco depois, veio o leso-sentimento de estar sendo enganado. A embalagem com míseros 275ml de Stella Artois concorre com cervejas “padronizadas” em 355ml... Falcatrua! Das grossas. Pois bem, isso já implica motivo para nossas crenças aferirem um valor agregado negativo a essa cerveja. E, isso é só um exemplo...
Na Europa o padrão do conteúdo de latas de cerveja é um terço de litro (333ml), arredondado em 330ml. No Brasil, as latas foram padronizadas em 350ml. Até aí, não sabemos por quê. Porém, entendemos que todas as latas médias tem a mesma quantidade. Mas, tempos depois vieram latas maiores de meio litro (500ml) ou menos de meio litro... E, recentemente, foram jogadas no mercado outras com um quarto de litro - 250ml. Portanto, pegues a tua calculadora, e boas compras!
Agora, no finalzinho do ano passado, fomos surpreendidos com uma nova embalagem de Heineken. Estão substituindo as clássicas garrafas, então retornáveis, verdes de 600ml por descartáveis com 650ml (algo próximo do ideal dois terços de litro, 666ml). No casco há uma inscrição destacada em vermelho orientando o consumidor da quantidade “despadronizada”... O que devemos pensar sobre isso? Está ocorrendo a farra das embalagens? Queres uma resposta? Lá vai... O consumidor brasileiro é considerado um ser apático pela indústria. Somos consumidores que não reclamam. Somos seres que consumimos o que é descarregado nas gôndolas. Roboticamente, enchemos nosso carrinho, pagamos, e consumimos num ritmo frenético. Vais reclamar para quem? Disque-Papa? Então, não esqueças que o prefixo telefônico do Vaticano é +379...
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