Texto com padrões de cerveja está disponível para consulta pública
Interessados têm 60 dias para encaminhar sugestões à proposta
Está disponível para consulta pública a proposta brasileira para os Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ) dos produtos de cervejaria no Mercosul. O texto tem como objetivo inovar o setor cervejeiro e promover a igualdade de condições e competitividade frente aos produtos importados. Dentre as novidades estão a permissão de envelhecimento da cerveja em barril e o uso de produtos de origem animal, como leite e mel.
A proposta foi discutida em assembléias durante o ano de 2013 com vários integrantes do setor produtivo. O documento está na página do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para avaliação dos interessados, que têm até 60 dias para encaminhar sugestões, por meio de formulário. Após a análise da Coordenação-Geral de Vinhos e Bebidas, o parecer será levado para discussão no Comitê do Mercosul.
A norma e o formulário estão disponíveis no site www.agricultura.gov.br, link legislação, submenu Portarias em Consulta Pública. As sugestões devem ser encaminhadas para o endereço eletrônico: cp.cerveja@agricultura.gov.br ou para o endereço: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Coordenação-Geral de Vinhos e Bebidas, Esplanada dos Ministérios - Bloco D - Anexo B - Sala 349 - Brasília - DF - CEP 70.043-900.
Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do Mapa
(61) 3218-2205/2203
Carol Oliveira
Divulgação
Cerveja padrão: governo veta álcool extra e água fora das fábricas |
Cerveja brasileira vai ganhar novo padrão de produção
Texto que está em consulta pública permite adição de mel, leite, frutas e ervas, mas limita a presença de milho, arroz e outros insumos a até 45% do volume de malte
SÃO PAULO - O Ministério da Agricultura publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 22, o texto que vai determinar os novos padrões para a fabricação da cerveja no Brasil e no Mercosul.
Entre as principais mudanças propostas, o texto veta a substituição do lúpulo ou seus derivados por outros princípios amargos. No caso deste último, a exceção é a cerveja gruit, na qual o lúpulo é totalmente substituído
No texto, o ministério proíbe a adição de qualquer tipo de álcool (que não seja do processo natural de fermentação), qualquer que seja sua procedência. Também fica vetada a adição de água fora das fábricas ou unidades engarrafadoras habilitadas. por outras ervas.
A proposta prevê a permissão para adicionar mel, leite, frutas e ervas na receita da bebida. Já a substituição do malte por outros insumos cervejeiros (como milho, arroz, entre outros) não pode ser maior que 45% em relação ao extrato primitivo.
O objetivo da elaboração de novos padrões de produção é abrir espaço para as microcervejarias diante do avanço das cervejas importadas e padronizar o processo de produção no setor.
No caso de adição de açúcares vegetais diferentes dos provenientes dos cereais, como o mel, a quantidade máxima em relação ao seu extrato primitivo deverá ser menor ou igual a 25% em peso.
O documento ficará em consulta pública nos próximos 60 dias para sugestões e comentários, que deverão ser encaminhados em formato de planilha eletrônica para o e-mail cp.cerveja@agricultura.gov.br.
A versão do texto para consulta pública foi desenvolvido a partir de duas reuniões, realizadas em fevereiro e agosto do ano passado, com representantes do setor. Estiveram presentes executivos tanto das grandes indústrias quanto de pequenos produtores artesanais, associações e especialistas do setor.
Segundo dados de dezembro do Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos do
Ministério da Agricultura, 232 cervejarias e 1,1 mil tipos de cervejas estão registrados no Brasil.
De acordo com informações do Bart-Haas Group, o país ocupa a terceira posição no ranking mundial de produção de cerveja, com cerca de 13,7 bilhões de litros produzidos no ano de 2012 e um consumo per capita de aproximadamente 65 litros anuais.
(Resumo: Estadão)
P.S. (A opinião de Patrick Stephanou)
Bonito de ver. Os esforços do grupo de cervejeiros que pressionou o MAPA, como a representação da AGM (Associação Gaúcha de Microcervejarias), está fermentando resultados. Ainda é cedo para brindar um produto final, mas vemos um amadurecimento no setor.
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