domingo, 13 de julho de 2014

BRAHSIL


Degustando a BRAHMA SELEÇÃOESPECIAL, que afirma ser elaborada com cevada plantada na granja Comary, e que leva estampada a assinatura do técnico da seleção brasileira de 2014, Luiz Felipe Scolari, tive a seguinte impressão:

AUDIÇÃO
Como prenúncio de uma boa pressão da cerveja, deveria bradar um estampido ao destampar a garrafa de alumínio; todavia o que se ouviu foi um som fraco - expectativa ruim. E, a pressão se revelou na cobrança dos brahmeiros sobre o mestre cervejeiro, assim como dos brasileiros sobre o técnico da seleção. Outro som - esse que deveria ser fraco – foi o do estouro das bolhas da espuma, essa que não resistiu. E como ela, a paciência dos torcedores verde amarelos!

VISÃO
Na aparência, esperava-se a cor dourada brilhante da taça Copa do Mundo, mas o que restou foi uma coloração pálida, sem graça, como a tez assustada de nossos jogadores sob o impacto da goleado do país da cerveja sobre o “país do futebol” (país do futebol entre aspas). O creme, mais lembrou o “crime do colarinho branco”, pois nos sentimos enganados com essa falta de persistência!


OLFATO
O aroma de ingredientes de cerveja bons é quase nulo. A esperada cevada da granja Comary deve ser um grão não maltado por garrafa. Isso para o produto não tomar processo de propaganda enganosa – ainda que a proporção muito baixa possa ser desconsiderável. Mas quem sabe se a granja Comary de onde vem a cevada é uma outra homônima qualquer? O que interessa é que os insumos dessa cerveja são tão ruins como as atuações dos jogadores que dormiram na granja. Aroma herbal, floral, frutado, amadeirado... Nada disso, a escalação é 3-metil-2-buteno-1-tiol...



PALADAR
O sabor de vitória é que não veio. Honestamente, dos cinco tipos de sabor que existem: o salgado foi o preço da garrafa de 0,473 litro por R$ 9,99; o doce foi ter uma má impressão da “Seleção Especial”; o ácido foi escrever sobre isso; o amargo sabor de lúpulo que esperávamos deu lugar ao amargo sabor de frustração; e o umami foi encontrado no sal de fruta que tivemos que tomar depois dessa degustação...


TATO
Tato é o que temos em não aberrar mais ainda sobre essa cerveja... Na cerveja o que se busca com esse sentido é a avaliação do corpo da cerveja com o uso da língua, avaliando a intensidade do líquido (podendo medir o peso sob outras formas) e a carbonatação (tipo formigamento). O que sentimos? Pena! Uma água só! Seleção sem presença. Sem graça! Sem peso. Sem respeito.


EQUILÍBRIO
Avaliamos aqui a impressão geral da experiência. Como é notório que nossa avaliação foi se desequilibrando à medida em que foi discorrida, fica perceptível analiticamente que iniciamos acreditando na Seleção Especial, porém fomos desvendando uma promessa sem possibilidades de efetividade. Fizeram-nos acreditar que a Seleção de Comary traria uma experiência extra-ordinária e marcante... Por outro lado até que foi. Extra-ordinariamente revoltante esperar um sabor de uma cevada da granja Comary como a seleção Brasileira tomar dez gols e fazer apenas um nos dois últimos jogos da copa em seu país; e marcante por guardar a embalagem (garrafa de alumínio) de uma promessa de sabor como foi o favorito a campeão da Copa do Mundo de 2014 nem subir no pódio como terceiro lugar. Aqui é BRAHSIL!






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