terça-feira, 6 de maio de 2008

CERVEJA QUENTE! (Liefmans Glühkriek)

Porto Alegre, recentemente (início de Maio de 2008), recebeu a ingrata visita de um ciclone avassalador. Não bastando isso, o frio que consterna a cidade, já no Outono, rege a minha musculatura à constante tensão. Enquanto aguardo ansiosamente o “veranico” de Maio, o jeito é adequar o consumo de cerveja. Na reunião passada do Tcherveja - clube cervejeiro gaúcho – [http://www.tcherveja.com.br/], como de costume, questionei o garçom sobre todas as cervejas vendidas, e optei por beber Bohemia Schwarzbier em garrafa de 600 ml. O sabor de malte tostado e a espuma aveludada e cremosa, aliados à cor escura, muito me apetecem nos dias frios. De acordo com a tabela da matéria “Temperatura de Cerveja”, eu recomendo apreciá-la entre 9 e 12 °C. Foi o que eu fiz. E, outra, não utilizei, nem utilizo, “cervejela” (protetor térmico de garrafa). Além de tirar todo o visual do produto, geralmente mantém a errônea temperatura gelada oferecida pelas diversas biroscas da praça...
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Depois dessa introdução, visamos expor uma das polêmicas cervejas que consta na tabela de temperatura de cerveja. Especificamente, nos referimos à Liefmans Glühkriek. Cerveja especial de inverno lambic e frutada com 6,5 % álc./vol, em garrafa de 750 ml. Vou logo adiantando que não tive – ainda - o prazer de prová-la. Só degustei a Liefmans Frambozenbier (com framboesa). Assim, não tenho uma avaliação da Glühkriek, mas posso afirmar que a minha impressão sobre o produto é possitiva. Imagine uma cerveja que para ser degustada seja necessário aquecê-la em “banho maria”? Isso mesmo! Deve-se esquentá-la até uns 70 °C, pois além da cereja, ela tem adição de cravo, canela, e anis, e só assim atinge as condições plenas para consumo. E, certamente, a harmonização mais sugerida é chocolate. A cervejaria belga Liefmans [http://www.liefmans.be/] fabrica várias cervejas da família lambic, ou seja, de fermentação espontânea. A que degustei, com adição de framboesa, comprei na rede Wal-Mart, e chama a atenção, da mesma forma que a Glühkriek, pela garrafa com rolha e sem rótulo, porém enrolada em papel jornal. Para matar um pouco a curiosidade, experimente também a semelhante - com cereja - que a Inbev importa da Bélgica: a Belle-Vue Kriek.
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Tu vais te surpreender com os sabores dessas cervejas. Tanto a Liefmans Frambozenbier, quanto a Belle-Vue Kriek – cervejas possíveis, enquanto não temos acesso à Glühkriek – ao mesmo tempo que combinam com a sobremesa, não deixam de ser a própria! O contraste do sabor ácido da fermentação espontânea pouco carbonatada com o adocicado das frutas gera uma fusão de aromas e sabores. Essa acidez transfere incrível sensação de refrescância, ao passo que o doce proporciona um retro-gosto gostoso que instiga o próximo gole. Por esse motivo, essas cervejas podem ser degustadas mais frias, entre 5 e 8°C. Cabe lembrar que o degustador deve estar desprendido de preconceitos. Experimente novas sensações!

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