No ano passado (2007) o Grupo Schincariol, que briga com a FEMSA pela segunda posição em vendas de cerveja no Brasil, fabricante da cerveja Nova Schin, adquiriu duas microcervejarias que, então, estavam apontando no mercado: a Baden Baden, de Campos do Jordão, que investiu na grife cervejeira; e a Devassa carioca, que explorou o jeito “malandro” de beber uma boa cerveja. Duas excelentes microcervejarias. Tive o prazer de conhecer a fábrica da Baden Baden e o bar oficial em Campos, antes da venda em Janeiro; e o bar da Devassa na praia de Ipanema, no Rio, pouco depois de ser vendida em Agosto. Foram duas viagens diferentes, mas emoções parecidas. Quando soube que a Schin tinha comprado a Baden Baden em Janeiro de 2007, fiquei chocado. Num primeiro momento achei que nunca mais veria a Baden Baden, como já aconteceu com algumas outras cervejas. Nessa ocasião, eu fazia parte da organização do 8º encontro cervejeiro, como presidente do Tcherveja, e pouco depois firmamos um contrato com a Nova Schin como patrocinadora do evento. Aí, não tive dúvida, pedi Baden Baden no evento. Infelizmente, a pesar de ter um ‘sim’ inicial, não obtivemos a estupenda cerveja. O ano decorreu, e fiquei com esse sentimento de perda, mas a Baden Baden, que tinha sumido nas gôndolas, começou a voltar lentamente, tipo por tipo. Quando estava tentando acreditar que esse susto tinha passado, o grupo Schincariol comprou a Devassa, no início de Agosto. Fui obrigado a começar a guardar cerveja em casa!
Não durou muito, e mais uma tijolada... No mesmo mês a empresa têxtil Malwee adquiriu metade da Eisenbhn! Bom, até aí eu insistia em acreditar que a Eisenbahn não poderia ser vendida. No dia 10 de Setembro, depois do bate-papo cervejeiro mensal “Extra-Malte”, tive o prazer de jantar com o amigo Juliano Mendes, sócio-diretor da Eisenbahn, e não me contive em questionar o futuro da Eisenbahn. Então, ele ponderou e me respondeu genericamente que frente as políticas cervejeiras que estão sendo tomadas no Brasil, é difícil fabricar boa cerveja só por paixão num mercado altamente competitivo.
Não durou muito, e mais uma tijolada... No mesmo mês a empresa têxtil Malwee adquiriu metade da Eisenbhn! Bom, até aí eu insistia em acreditar que a Eisenbahn não poderia ser vendida. No dia 10 de Setembro, depois do bate-papo cervejeiro mensal “Extra-Malte”, tive o prazer de jantar com o amigo Juliano Mendes, sócio-diretor da Eisenbahn, e não me contive em questionar o futuro da Eisenbahn. Então, ele ponderou e me respondeu genericamente que frente as políticas cervejeiras que estão sendo tomadas no Brasil, é difícil fabricar boa cerveja só por paixão num mercado altamente competitivo.
Hoje, dia 8 de Maio de 2008, a minha apreensão fica decretada. A microcervejaria com a mais completa e premiada linha de cervejas artesanais é vendida para o bicho papão dos meus sonhos adultos! O grupo Schincariol foi às compras novamente. Se tudo transcorrer como foi divulgado, a Eisenbahn, ou como eu brinco agora, a Nova Bahn continuará produzindo normalmente a totalidade de suas cervejas, incluindo a variedade dos tipos. O valor da venda que inclui todo o patrimônio, como a Estação Eisenbahn - o bar temático junto à cervejaria, em Blumenau - não foi divulgado. Segundo divulgação, o diretor de ‘marketing’ da Schin, Marcel Sacco, afirma que a estratégia do Grupo é se transformar na maior companhia do segmento de cervejas artesanais, sem interferir na produção industrial. Se for assim, eu posso dormir mais tranqüilo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário