terça-feira, 5 de agosto de 2008

CONFRARIA FEMININA DE CERVEJA (CONFECE)

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É isso mesmo, as mulheres estão em todas! Independente de que algum cervejeiro machista confesse que mulher também entenda de cerveja, lá em BH um grupo de donzelas criou o CONFECE – Confraria Feminina de Cerveja [
www.confece.blogspot.com]. O grupo que ocupa máximas quinze cadeiras foi fundado, em 08 de Março de 2007, numa degustação de cervejas oferecida pelo bar Haus München em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Desde então, as “confreiras” reúnem-se em degustações que acontecem, geralmente, nas segundas quartas-feiras do mês.
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E, quem ousa dizer que cerveja não é bebida para mulher? As mulheres, sistêmicas por natureza, são as provedoras que dão à luz e zelam pela prole. Podemos parafrasear que o jurássico homem – focado - saia para colher o malte, enquanto a mulher preparava a fermentação.
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Uma das maiores entidades da cerveja - senão a maior – é uma mulher. A Abadessa Hildegard Von Bingen. Considerada uma santa cervejeira, pois é a responsável por instituir, em 1067, o uso do lúpulo na composição da cerveja. Por falar nisso, não posso perder a deixa e mencionar que, na cerveja, usamos apenas os pistilos femininos da flor de lúpulo dessa trepadeira (estamos falando do vegetal...). Para trazer o assunto ao nosso cenário atual, cito a nossa diva aqui do Brasil. A pessoa que, seguramente, mais entende de qualidade sensorial de cervejas no país é uma mulher. Citamos a, então, presidente da COBRACEM (Associação Brasileira dos Profissionais em Cerveja e Malte), Cilene Saorin [
www.cilenesaorin.com/].
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Tradicionalmente as mulheres dominam a cozinha, e assim por que pensar que em algumas das panelas não faziam cerveja? Os culpados pela masculinização da cerveja são os homens que barbarizaram seu consumo, feito de maneira desairosa. Assim como imaginamos que ponche seja uma bebida feminina, visto que é consumido, geralmente, com parcimônia. E, hoje, assim como eu, os homens migram para a cozinha [
www.uniaocooks.com.br]!
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Lembro-me que a Ambev investiu nas consumidoras de cerveja com a Brahma Light. A campanha criada pela agência F/Nazca até que foi bem feita, pois a linguagem utilizada foi direcionada ao público feminino. Entendo que o retorno não foi o pretendido, pois o produto oferecido era terrível. Tirando o fato de que a cerveja tinha menos calorias, a mulher dá valor ao sabor. Embora estudos científicos acusem que o paladar masculino seja mais apurado, a nossa cultura transformou o homem num alienado. Esse não tem tempo para a delicadeza gustativa da mulher, de sorte que ela mereça o respeito de ter o alcance a cervejas de verdade.
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Entre a minha loura quente e um engradado com tantas outras frias, eu fico com todas!

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