segunda-feira, 17 de março de 2008

SEDIMENTO CERVEJEIRO (Paulaner Dunkel)

Numa dessas Quintas-feiras de Porto Alegre, eu estava bebendo umas “duendes” (Heineken) no Muffuletta [rua Da República, 657] – otimamente atendido pelo folclórico baterista Sérgio Bolada - quando um amigo me perguntou sobre uma cerveja que havia bebido. O Gabriel Hoberrek havia comprado, no supermercado, uma Paulaner Dunkel. Disse que estava adorando degustá-la, até que na última dose, percebeu um resíduo no fundo da garrafa que entendeu ser algo estragado parecido com mofo! E mais uma vez, me deparei com uma desinformação cervejeira! A cerveja em questão é do tipo “cerveja branca”, ou em alemão, Weissbier - não esquecendo a comum confusão de tradução onde Weizenbier significa cerveja de trigo - que é o mesmo tipo. No caso específico a Paulaner Dunkel é ainda Hefe-Weissbier [www.paulaner.de]. Hefe significa levedura (fermento cervejeiro), que nessa cerveja é justamente mantido (e não dispensado) para agregar sabor e corpo. O que o Gabriel não sabia é que os resíduos que ele achou serem ingratos, na verdade, formam o cerne da cerveja. Esse material decantado era como a polpa do suco, e por isso deveria ter sido misturado para que não bebesse partes aguadas. Era a decantação de sedimento de malte de trigo (mais espessos) e do fermento. Além de sofrer um susto pela própria ignorância, ele não sabia sequer servir uma cerveja de trigo! Mas, devemos reconsiderar, pois ele fez uma bela escolha de cerveja (mesmo pagando uns R$ 10, pela garrafa de 500ml). Agora, está na hora de saber apreciar adequadamente.

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