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Ainda está em voga debates sobre a intolerância alcoólica em condutores de veículos automotores. Não há dúvida de que não podemos tolerar os riscos nocivos da influência do álcool nas pessoas. Já nem discuto mais a lei. Não reitero que a lei anterior, se fiscalizada, poderia ser mais justa. Enfim, o que importa é que o medo de ser pego nas mitológicas batidas policiais faz com que os bons cervejeiros não caiam em tentação. Eu não bebo mais cervejas saborosas antes de pegar o carro. Tirando as cervejas do tipo daquela que divulga a campanha “motorista da rodada”, que é a mesma campanha do Capitão TELECERVEJA que criamos aqui, o único tipo de cerveja ruim que eu bebo em situações adversas é a não alcoólica. Eu citei “situações adversas”! Sim, porque eu só bebo cerveja sem álcool se o local em que estiver não tenha água com gás ou suco natural, ou se o motivo for uma degustação. Ao contrário de muitos cervejeiros, eu não fujo de degustações, mesmo quando a cerveja seja reconhecida pelos péssimos atributos, e ainda, não coloco cerveja fora – a não ser que esteja estragada ou descaracterizada. Nessas condições, bebo todo copo que eu servir para mim. O ato de jogar cerveja fora, seja qual for, será lembrado quando a sede vir à tona...
Nesses tempos pós lei seca ao condutor, recebi várias divulgações de que os bares de maior consumo de cerveja quadruplicaram as suas raras vendas de cerveja sem álcool, e muitos, agora, dispõe de um novo produto, o chope sem álcool. Vejam que o mercado brasileiro mudou, assim como o mesmo já aconteceu em outros países.
As cervejarias, assim, tentam se adequar a essa nova demanda. Existem diferentes tecnologias para a produção de cervejas sem álcool - pois não se injeta álcool na bebida, ele advém naturalmente da fermentação. Existem tipos de cerveja, que em função de propiciarem maiores quantidades de açucares, como a maltose, ou maior tempo de fermentação, geram maiores e desejadas quantidades alcoólicas. Mas, os métodos mais comuns de produzir uma cerveja ruim, digo, sem álcool, são a fermentação interrompida (temperaturas mias baixas), retenção por membranas ou por variação térmica. Todavia, infelizmente, até onde se sabe ou seja possível fisicamente, não existe nenhuma cerveja não alcoólica que mantenha as mesmas características - em que pese o sabor – de uma cerveja elaborada pelo processo tradicional. Vale lembrar que na maioria das legislações federais do mundo, a cerveja que tenha até 0,5% APV (álcool por volume) é considerada sem álcool, como aqui no Brasil
Já que tenho criticado as cervejas sem álcool brasileiras, potencializado por ser um apreciador de cervejas de trigo, resolvi promover um teste entre a Erdinger tradicional e a não alcoólica. O resultado, que esperava ser menos traumatizante, foi o mesmo das cervejas nacionais: cerveja sem álcool é ruim até na Alemanha! A seguir, seguem as minhas impressões do embate Erdinger Weissbier (5,3% APV) versus Erdinger WB Alkoholfrei (0,4% APV).
Ainda está em voga debates sobre a intolerância alcoólica em condutores de veículos automotores. Não há dúvida de que não podemos tolerar os riscos nocivos da influência do álcool nas pessoas. Já nem discuto mais a lei. Não reitero que a lei anterior, se fiscalizada, poderia ser mais justa. Enfim, o que importa é que o medo de ser pego nas mitológicas batidas policiais faz com que os bons cervejeiros não caiam em tentação. Eu não bebo mais cervejas saborosas antes de pegar o carro. Tirando as cervejas do tipo daquela que divulga a campanha “motorista da rodada”, que é a mesma campanha do Capitão TELECERVEJA que criamos aqui, o único tipo de cerveja ruim que eu bebo em situações adversas é a não alcoólica. Eu citei “situações adversas”! Sim, porque eu só bebo cerveja sem álcool se o local em que estiver não tenha água com gás ou suco natural, ou se o motivo for uma degustação. Ao contrário de muitos cervejeiros, eu não fujo de degustações, mesmo quando a cerveja seja reconhecida pelos péssimos atributos, e ainda, não coloco cerveja fora – a não ser que esteja estragada ou descaracterizada. Nessas condições, bebo todo copo que eu servir para mim. O ato de jogar cerveja fora, seja qual for, será lembrado quando a sede vir à tona...
Nesses tempos pós lei seca ao condutor, recebi várias divulgações de que os bares de maior consumo de cerveja quadruplicaram as suas raras vendas de cerveja sem álcool, e muitos, agora, dispõe de um novo produto, o chope sem álcool. Vejam que o mercado brasileiro mudou, assim como o mesmo já aconteceu em outros países.
As cervejarias, assim, tentam se adequar a essa nova demanda. Existem diferentes tecnologias para a produção de cervejas sem álcool - pois não se injeta álcool na bebida, ele advém naturalmente da fermentação. Existem tipos de cerveja, que em função de propiciarem maiores quantidades de açucares, como a maltose, ou maior tempo de fermentação, geram maiores e desejadas quantidades alcoólicas. Mas, os métodos mais comuns de produzir uma cerveja ruim, digo, sem álcool, são a fermentação interrompida (temperaturas mias baixas), retenção por membranas ou por variação térmica. Todavia, infelizmente, até onde se sabe ou seja possível fisicamente, não existe nenhuma cerveja não alcoólica que mantenha as mesmas características - em que pese o sabor – de uma cerveja elaborada pelo processo tradicional. Vale lembrar que na maioria das legislações federais do mundo, a cerveja que tenha até 0,5% APV (álcool por volume) é considerada sem álcool, como aqui no Brasil
Já que tenho criticado as cervejas sem álcool brasileiras, potencializado por ser um apreciador de cervejas de trigo, resolvi promover um teste entre a Erdinger tradicional e a não alcoólica. O resultado, que esperava ser menos traumatizante, foi o mesmo das cervejas nacionais: cerveja sem álcool é ruim até na Alemanha! A seguir, seguem as minhas impressões do embate Erdinger Weissbier (5,3% APV) versus Erdinger WB Alkoholfrei (0,4% APV).
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Erdinger Weissbier
Cerveja de trigo popular na Alemanha. Adequada coloração dourada turva, boa pressão, porém muito tímida quanto ao aroma. A Erdinger degustada não despertou o esperado buquê de acetato de isoamila (éster com odor de frutas), que é o odor de banana característico do estilo. O aroma resumiu-se a uma leve percepção adocicada. O sabor também decepcionou. Sentimos pouco gosto de produto de trigo e um amargor indesejado. A boa carbonatação e o corpo relativamente leve trouxeram uma boa sensação de beberibilidade. Na impressão geral, desapontou, mostra-se uma cerveja de trigo pouco consistente.
Erdinger Weissbier
Cerveja de trigo popular na Alemanha. Adequada coloração dourada turva, boa pressão, porém muito tímida quanto ao aroma. A Erdinger degustada não despertou o esperado buquê de acetato de isoamila (éster com odor de frutas), que é o odor de banana característico do estilo. O aroma resumiu-se a uma leve percepção adocicada. O sabor também decepcionou. Sentimos pouco gosto de produto de trigo e um amargor indesejado. A boa carbonatação e o corpo relativamente leve trouxeram uma boa sensação de beberibilidade. Na impressão geral, desapontou, mostra-se uma cerveja de trigo pouco consistente.
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Erdinger Weissbier ALKOHOLFREI
Creme desuniforme e aerado com bolhas muito grandes. Cor dourada brilhante, porém pouco turva para uma cerveja de trigo – parecia uma pilsen artesanal... Boa pressão na garrafa e pouca carbonatação no copo. Aroma predominante de malte de cevada – lembre-se que é uma cerveja de trigo! - e leve presença de lúpulo. Sabor geral de qualquer coisa, menos de uma cerveja de trigo... Entrou na lista das cervejas que eu não compraria novamente, mas nunca diria que não beberia!
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Conclusão
Se fores beber uma cerveja de trigo, prefiras uma Licher, Paulaner, Weihenstephaner, Baden Baden Weiss, Eisenbahn Weizenbier...
Se fores dirigir, não beba.
Conclusão
Se fores beber uma cerveja de trigo, prefiras uma Licher, Paulaner, Weihenstephaner, Baden Baden Weiss, Eisenbahn Weizenbier...
Se fores dirigir, não beba.
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