sexta-feira, 29 de maio de 2009

tamanhos PP a GG

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Que o mercado da cerveja está cada vez mais diversificado, todos já sabem. Além dos tipos e qualidades da cerveja, muitas cervejarias andam apostando em novos nichos através do tamanho das embalagens. Já tradicionais no Uruguai e na Argentina, aqui no Rio Grande do Sul, temos tanto a versão de linha litrão da Polar (ambeviana como a da Skol), quanto da Dado Bier. Todavia, é fato que as artesanais demandam tamanho litro, como a Abadessa Export, a Coruja Extra, e a Schmitt Big Ale. Lembramos da época em que a Eisenbahn ainda era da família Mendes, e nós havíamos cobrado do Juliano Mendes em produzir uma linha da Eisenbahn com volume a partir de 600 ml... Atualamente, nos parece que o grupo Schincariol diminuiu as proporções de malte nas Eisenbahn, entre outras alterações, fazendo com que o nosso paladar rejeite a quantidade de consumo que tínhamos antes. Essa dúvida sugere uma análise posterior... Seguindo no tópico do tamanho das embalagens, hoje, encontramos facilmente, nos bons supermercados, uma variação de volume de 250 a 5000 mililitros, ou seja, uma diferença de 20 vezes! Desde a Sol shot (garrafinha com 250 ml) até os barriletes (kegs de 5 litros).

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Representados nessa matéria pela lata de Stella Artois brasileira, de 269 ml, e pelo barrilete de Heineken holandês, com 5000 ml, podemos visualizar essa diferença no mesmo tipo de embalagem, nesse caso alumínio. 269 ml nada mais é do que uma estratégia de venda, aliás a garrafa de Stella Artois, com 275 ml, confunde o consumidor que visualmente compra o produto como se fosse uma tradicional long neck de 355 ml concorrente. É o velho golpe da minimização na gramatura das barras de chocolate ou comprimento dos papéis higiênicos, e tantos outros exemplos... A Ambev, assim, compete com o preço das garrafas que contem 25% (ou ¼) a mais de cerveja. E não serviria a justificativa em afirmar que tamanhos menores sugerem experimentação. Nos parece, no mínimo, “constrangedor”, nesse caso, fugir do tamanho padrão das embalagens de 355 ml.

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Por que a Stella Artois não lançou uma long neck de 355 ml e uma lata de 350 ml? O SAC da Brahma (0800 725 0001) não tem a resposta. Ligamos perguntando: porquê as embalagens da Stella Artois fogem do padrão de mercado? A resposta da atendente Roseane, às 12h e 13min de Brasília, na data de ontem, foi:

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- Não temos essa informação. Certamente é o resultado de um estudo de produto (pesquisa mercadológica) oriundo pela parte de criação da empresa. Outras informações podem ser adquiridas através do faleconosco@ambev.com.br...

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Então, fizemos a mesma pergunta por mensagem eletrônica...

E, a resposta inútil, foi:

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Data: Fri, 29 May 2009 13:56:35 –0300

De: "Fale Conosco (AC)" faleconosco@ambev.com.br

Para: "'patrick@stephanou.com.br'" patrick@stephanou.com.br

Assunto: RES: STELLA ARTOIS


Olá Patrick,


Agradecemos o seu contato, ele é muito importante para nós!

Ficamos muito felizes por saber de seu interesse por nossos produtos.


As embalagens da Stella Artois é uma estratégica de marketing, para diferenciar nossos produtos. Isso é feito, através de pesquisas realizada no mercado de bebidas.


Caso tenha mais alguma dúvida, entre em contato conosco através do telefone 0800 725 0001.


Mantenha sempre contato, estamos a sua inteira disposição.


Atenciosamente,


Ítala Nádia

Serviço ao Consumidor Brahma

faleconosco@ambev.com.br

0800-725-0001


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Caro telecervejeiro - ou telecervejeira -, não tendo uma resposta aceitável do Serviço de Atendimento ao Consumidor da empresa, podemos, então, ficar mais desconfiados de que nossa tese tem fundamento: Tudo “marketing”. Sem contar que no comparativo das versões nacionais de Stella Artois versus Heineken (em lata e garrafas), a Stella Artois é uma decepção. Compares tu uma Stella Artois original belga com a nossa versão tupiniquim, e uma Heineken brasileira com a holandesa. A versão da Stella Artois ambeviana tem algo além do malte que não deveria estar lá... Sobre a Heineken, já demos nossa opinião. Seja brasileira ou holandesa, a pedida pela Heineken sempre vai bem – antes que sejamos vítimas, novamente, de boatos, informamos que essa é a nossa opinião sem qualquer vínculo com a cervejaria...

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O barrilete importado é adequado aos apreciadores que demandam um consumo maior. Comprovamos que a embalagem após aberta, mantida em refrigerador, mantém a mesma qualidade da cerveja possivelmente não consumida. Os barriletes, mesmo que sem a tradição do vidro, configuram-se, na nossa opinião, como a embalagem do feliz apreciador cervejeiro do futuro. Esse editor que discorre por essas linhas, para facilitar ainda mais o consumo no bar de seu lar, ainda terá a chopeira para barrilete “BeerTender”, que tu conferes nos vídeos abaixo. Só falta um robô servir a cerveja, como andam testando por aí... Música sugerida para essa degustação tecnológica? Claro: ‘The Robots’, da banda alemã Kraftwerk!
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