segunda-feira, 10 de maio de 2010

CENTRAL BRASILEIRA DE NOTÍCIAS




No Brasil, existem muitos apreciadores da boa cerveja que tomaram partido de fomentar essa cultura. Reconhecidamente, muitos deles se transformaram em ídolos nesse meio - na relação “Os Melhores de 2009” do Roberto Fonseca (outro ídolo), vemos vários desses. Todavia, são mártires quando surgem obstáculos como retaliação da cerveja, seja “fisicamente” pelo valor agregado de imposto; ou pela absoluta falta de responsabilidade e informação.

Trata-se de uma tarefa difícil combater e corrigir anos de publicidade abusiva para a cerveja. Mudar a desqualificada etiqueta cultural que foi imposta, vendendo a cerveja como uma bebida “popular” - porém ao pior significado da palavra. Nessa luta, cada erro equivale a perdas homéricas de novos bons consumidores. Por exemplo, se uma pessoa acostumada a consumir cervejas de linha industrial (mainstream) se deparar ao consumo duma cerveja de qualidade de forma errada, seja por não saber degusta-la adequadamente (quantidade, copo, temperatura, etc.) ou por algum defeito no produto (cerveja oxidada, vencida, etc.), certamente a chance de convencimento a uma nova experiência será menor progressivamente.

Para se ter uma idéia de embaraço ou ofuscação, o jornalista Renato Machado expôs publicamente na rádio CBN relatos de sua enorme ignorância e imaturidade em relação à cerveja. Infelizmente, nada que surpreenda esse editor que vos escreve. Em meados de 2006, numa aula de gastronomia, perguntamos ao pomposo cozinheiro francês Claude Troisgros, que então dividia um programa no canal GNT com o Renato, sobre o que ele achava da zitoharmonização gastronômica (harmonização de cerveja com comida), e ele de forma conclusiva afirmou: “Eu acho que cerveja não harmoniza com alta gastronomia”. Nesse programa, “Menu Confiança”, a cerveja, ao contrário do vinho, nunca teve vez na harmonização com os pratos elaborados, realmente...

Ansiamos por uma ampla difusão, sobretudo de qualidade a esse renascimento da cerveja, em meio a essa profusão de novos sabores. Em Belo Horizonte, a quase um ano, a mesma rádio CBN tomou a frente com o programa “Pão e Cerveja”. Mais uma vez, nossos amigos “zitofomentadores” do Brejas capitaneiam uma nova campanha, a de que a CBN veicule o programa “Pão e Cerveja” em âmbito nacional. Sempre entrevistando pessoas com profundo conhecimento naquilo que estão repercutindo, o programa tem ajudado bastante a nossa causa, que na verdade é uma questão de educação. Como já afirmamos aqui, “beber cerveja em copo de requeijão é o mesmo que comer requeijão em copo de cerveja”!








2 comentários:

Marco Falcone disse...

Grande Patrick, excelente seu comentário. Falou tudo.

Um abraço.

Patrick Stephanou disse...

Falcone,
és um dos nossos ídolos cervejeiros, não só pelas cervejas que produzes, mas por seres um militante da cultura cervejeira. Tenhas certeza de que, além do pão sólido e líquido, comentários como o teu renovam a nossa energia de propagar a boa cerveja.
Muito obrigado, inconfidente cervejeiro!

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