quinta-feira, 6 de maio de 2010

CPM – BEAUNE/FRANÇA










Aproveitando a imagem enviada pelo leitor André Paiva, para a nossa sessão “Cervejeiros Pelo Mundo (CPM)”, expusemos, abaixo, o texto  que seria parte de uma matéria integralmente dedicada à Chimay. A fotografia clicada por sua esposa em viagem de férias, à algumas regiões vinícolas francesas, três dias antes da virada de 2009 para 2010, foi num momento em que a boa cerveja substituiu o vinho à mesa, dentro do ‘motorhome’, que nesse dia passou por Beaune, Borgonha, na França.


Por isso que nós dizemos: “Nada contra o vinho; só a favor da cerveja!”.





















CHIMAY


Quando se fala em cervejas trappistas belgas, a Chimay é, quase sempre, a marca que nos vem à mente. Trata-se da segunda maior cervejaria trappista e, uma das mais conhecidas da Bélgica. O nome Chimay foi emprestado da cidade mais próxima à instalação do monastério, no verão de 1850, com objetivo de auto-subsistência através da produção de cereais, queijo e cerveja – nada mal! Sobretudo, a fim de arrecadarem dinheiro, em 1863 iniciaram a produção comercial de cervejas, isto é, produziam além do consumo interno. Para os monges trappistas, a cerveja, além do sinônimo de alimento, é uma forma – através dos efeitos do álcool – de estar mais próximo a Deus - ato conhecido como “a busca de Deus” – sensacional!


Desde o início, os monges – agora, nossos ídolos! – produziam um só tipo de cerveja, que conhecemos hoje como Chimay rótulo preto (Dorée) – que na tradução literal seria a rótulo dourado... Salvo a exceção de ser vendida no Auberge de Poteaupré - uma espécie de bar oficial -, é feita só para os monges. E, logo ela, da carta de quatro tipos é a menos alcoólica. Uma Refterbier (Ale para venda) - com 4,8% APV. Isso leva a crer que, na “busca de Deus”, os nobres religiosos bebem mais cerveja...


Desde que conhecemos as Chimay, achamos a idéia das cores dos rótulos tanto simples quanto notável. Os outros três tipos de Chimay são, facilmente, encontrados nas grandes redes de supermercados e casas especializadas em boa cerveja (importadoras ou bares) nas versões de garrafa de 330 ou 750 ml. Foi em 1948 que a Chimay introduziu no mercado dois novos rótulos: o vermelho, uma Dubbel (7% APV); e o azul, do estilo Vintage (9% APV). Já a Chimay rótulo branco, uma bela Tripel de 8% APV, veio em 1966. E, desde 1986, em homenagem ao 500 anos da cidade que confere o nome à cervejaria, a garrafa de 750 ml – da branca - chama-se “Cinq Cents”.



CHIMAY RÓTULO BRANCO

APARÊNCIA: Turva, de coloração dourada escura. Espuma clara, de grande volume inicial.

PRESSÃO: Dada a uma refermentação na garrafa, apresenta grande pressão e, creme com boa persistência.

AROMA: Percebemos um adocicado do malte - que se traduz por pão -; lúpulo aromático – floral -, em equilíbrio suave.

SABOR: Cerveja para paladar sofisticado, que vai sendo apurado na degustação. Sabor residual amargo e alcoólico.

CORPO: Estrutura bem carbonatada contra um corpo suave demais.

IMPRESSÃO GERAL: A percepção do álcool não agrada, todavia se percebe a complexidade da cerveja. Não indicada para os apressados e sedentos, mas aos tradicionalistas cervejeiros!





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