segunda-feira, 1 de setembro de 2008

LEFFE: loura ou mulata?

Continuando a série das cervejas importadas da Inbev vendidas a preços módicos, degustei as duas belgas Leffe. Tanto a Blonde (Blond) quanto a Brune (Brown), paguei R$ 3,99 por cada, no hipermercado Big da rede Wall-Mart Sul. Independente do bom preço para as reconhecidas boas cervejas – a Leffe é a Abadia mais vendida na Bélgica -, passo direto às impressões levantadas:



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LEFFE BLONDE (LOURA)

Cerveja de Alta Fermentação tipo Abadia produzida com a mesma receita com malte de cevada e cereais não maltados pelos monges da antiga Abadia belga dês 1240. De cor pálida acobreada, boa carbonatação, e espuma cremosa. O forte aroma frutado desperta ao abrir a garrafa. Sabor inicial adocicado com um final amargo que resiste na boca - soa como um paladar metálico indesejado, que não condiz com as outras qualidades da cerveja. O aroma e sabor predominantes doces, somados a 6,6% APV lembram uma espumante, onde a harmonização zitogastronômica segue a mesma regra de acompanhar pratos com sabores suaves, embora o retrogosto amargo possa agregar a comidas picantes.
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LEFFE BRUNE (MULATA)

Essas duas Leffes têm a mesma composição nominal, porém a diferença básica está no tipo de malte utilizado, que define a cor marrom escura – avermelhada contra a luz. A espuma que se dissipou moderadamente não agradou – desapareceu após a fotografia, porém manteve uma fina película superficial protetora. O aroma suave, que lembra pão devido aos cereais, assemelha-se muito com a Leffe loura, o que manteve a mesma identidade, mas é indesejado comparando cervejas distintas. O sabor da mulata é mais equilibrado que o da loura, pois o amargor não salienta tanto. O corpo pouco encorpado, porém gaseificado, parecer não combinar com a proposta de uma cerveja Abadia, por outro lado, agregado ao sabor amargo, combina bem com pratos gordurosos.
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Nas fotos em que apresento com a garrafa, o cálice não é o da Leffe e sim o da Bohemia Confraria. Eu me recusei a pagar cerca de R$ 15,00 pela versão brasileira, de má qualidade, do original belga (ao lado). Fique atento: é comum cervejarias dispensarem copos com pequenos defeitos de fabricação aproveitando-os promocionalmente em grandes estabelecimentos varejistas. Não encontrei defeitos no meu cálice da Bohemia, que é do mesmo fabricante nacional. Se existem cervejas ruins, descobrimos que existem copos também...

2 comentários:

greco disse...

Patrick, na avaliação o "X" nos smiles está invertido, não está não?

Abs!

Patrick Stephanou disse...

Greco,
pois então! Está sim. Nós mudamos a ordem das três notas na 'classificação'. Antes eram crescentes. Desse modo, nós mesmos confundimos as "carinhas" em várias tabelas. Tu descobriste essa, mas devem haver outras... Quando bebemos, às vezes, cometemos alguns enganos.
De qualquer modo, agradecemos muito a tua boa observação.
Aquele abraço e boas cervejas, cheias de "carinhas" felizes!

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