quinta-feira, 16 de junho de 2016

A CERVEJA DENOREX







Não é mais novidade pra ninguém que o mercado da boa cerveja alcançou um ponto que talvez fosse inimaginável para muitos apreciadores no passado. Difícil prever naquela época, que no futuro teríamos tamanha oferta de estupendas cervejas com uma profusão de estilos e, consequente engrandecimento do mercado cervejeiro. O espaço nas gôndolas dos supermercados acompanhou esse crescimento, onde antes haviam seções especializadas apenas a vinhos agora a cerveja ganha respeito. Surgimento também de bares exclusivamente dedicados a essa bebida, com carta de cervejas, espalhados pela cidade, e mesmo nos botecos mais chinfrins se encontra uma opção melhor do que as tradicionais “Pilsens abrasileiradas”.







Todavia, às vezes toda essa emergente efervescência foge ao sustentável! O sucesso de determinadas microcervejarias artesanais é tamanho que estão enlatando chope (cerveja não pasteurizada). E o que tem isso de errado? Ora, inicialmente do ponto de vista da identidade visual do produto artesanal, uma lata de alumínio já descaracteriza a peculiaridade do processo, ainda que a experiência do apreciador perde a beleza de, por exemplo, trabalhar o sedimento cervejeiro no serviço ao copo. De outra ordem, se entendermos que tecnicamente a lata substitui a garrafa de vidro no quesito da facilidade do transporte e estocagem porque o casco é frágil, o que pensar da lata de chope que precisa ser mantida gelada para não explodir? É um passo para frente na direção errada... “Solução de perro com choro libre”!



Algo muito criticado sempre foi o desserviço de “entendidos” em cervejas especiais, que cometem “equívocos” em seus ensinamentos. Coisa do tipo “Cervejas pretas são fortes e só se bebe no inverno”, até pérolas como “Cervejas de trigo levam banana e cravo em sua receita”. Se forem repercutidas por algum “beer sommelier” de correspondência, vulgos “zitochatos”, perdoamos e entendemos. Na verdade, em muitos casos não há má intensão, e sim ao contrário, são apreciadores impulsivos e muito deslumbrados com a novidade. Entretanto, não dá para aceitar quando vemos erros oriundos de grandes oligopólios cervejeiros – e não venham se justificar que é “culpa do ‘marketing’...”! Um exemplo disso é a linha da repaginada Brahma Extra. Protagonista no passado que hoje não passa de uma coadjuvante! O que dizer de uma cerveja que, dentro de seu ‘set’ com Weiss e Red Lager, vende a mensagem de um estilo chamado Lager? Que os acadêmicos me corrijam, mas para mim essa adaptação só prejudica o entendimento dos iniciantes... #ficaadica!

4 comentários:

Gustavo Guedes disse...

Chope é cerveja não pasteurizada?! Isso é um mito, meu caro.

Patrick Stephanou disse...

Pois é, Gustavo...
Já explicamos aqui no TELECERVEJA que 'Chopp' é uma medida alemã. Mas, lamentavelmente existem vícios da linguagem popular que se corrigirmos nesse texto confundirá o foco do debate que é a cerveja não pasteurizada em lata...
Obrigado por tua manifestação.

Unknown disse...

Antes de escrever isto, vc bebeu? E quando bebe vc perde o controle e só escreve besteira? ? Deve ser! desculpe, mas apaga que fica menos feio!!

Rafael Lucca disse...

Nobre, você começa falando uma coisa e termina falando outra, acho que vc anda um pouco confuso com as suas postagens...

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