Não é mais novidade pra ninguém que o mercado da boa cerveja
alcançou um ponto que talvez fosse inimaginável para muitos apreciadores no
passado. Difícil prever naquela época, que no futuro teríamos tamanha oferta de
estupendas cervejas com uma profusão de estilos e, consequente engrandecimento
do mercado cervejeiro. O espaço nas gôndolas dos supermercados acompanhou esse
crescimento, onde antes haviam seções especializadas apenas a vinhos agora a
cerveja ganha respeito. Surgimento também de bares exclusivamente dedicados a
essa bebida, com carta de cervejas, espalhados pela cidade, e mesmo nos botecos
mais chinfrins se encontra uma opção melhor do que as tradicionais “Pilsens
abrasileiradas”.
Todavia, às vezes toda essa emergente efervescência foge ao
sustentável! O sucesso de determinadas microcervejarias artesanais é tamanho
que estão enlatando chope (cerveja não pasteurizada). E o que tem isso de
errado? Ora, inicialmente do ponto de vista da identidade visual do produto
artesanal, uma lata de alumínio já descaracteriza a peculiaridade do processo,
ainda que a experiência do apreciador perde a beleza de, por exemplo, trabalhar
o sedimento cervejeiro no serviço ao copo. De outra ordem, se entendermos que
tecnicamente a lata substitui a garrafa de vidro no quesito da facilidade do
transporte e estocagem porque o casco é frágil, o que pensar da lata de chope
que precisa ser mantida gelada para não explodir? É um passo para frente na
direção errada... “Solução de perro com choro libre”!
Algo muito criticado sempre foi o desserviço de “entendidos” em
cervejas especiais, que cometem “equívocos” em seus ensinamentos. Coisa do tipo
“Cervejas pretas são fortes e só se bebe no inverno”, até pérolas como “Cervejas
de trigo levam banana e cravo em sua receita”. Se forem repercutidas por algum “beer
sommelier” de correspondência, vulgos “zitochatos”, perdoamos e entendemos. Na
verdade, em muitos casos não há má intensão, e sim ao contrário, são apreciadores
impulsivos e muito deslumbrados com a novidade. Entretanto, não dá para aceitar
quando vemos erros oriundos de grandes oligopólios cervejeiros – e não venham
se justificar que é “culpa do ‘marketing’...”! Um exemplo disso é a linha da
repaginada Brahma Extra. Protagonista no passado que hoje não passa de uma coadjuvante!
O que dizer de uma cerveja que, dentro de seu ‘set’ com Weiss e Red Lager,
vende a mensagem de um estilo chamado Lager? Que os acadêmicos me corrijam, mas
para mim essa adaptação só prejudica o entendimento dos iniciantes...
#ficaadica!
4 comentários:
Chope é cerveja não pasteurizada?! Isso é um mito, meu caro.
Pois é, Gustavo...
Já explicamos aqui no TELECERVEJA que 'Chopp' é uma medida alemã. Mas, lamentavelmente existem vícios da linguagem popular que se corrigirmos nesse texto confundirá o foco do debate que é a cerveja não pasteurizada em lata...
Obrigado por tua manifestação.
Antes de escrever isto, vc bebeu? E quando bebe vc perde o controle e só escreve besteira? ? Deve ser! desculpe, mas apaga que fica menos feio!!
Nobre, você começa falando uma coisa e termina falando outra, acho que vc anda um pouco confuso com as suas postagens...
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